Episódio 4 - A destruição da vila - Parte 1

Era mais um dia na vila. As crianças brincavam no pátio de pular corda, enquanto Senhor Barriga adentrava á vila conversando com um homem engravatado que media as paredes com uma fita e observava tudo atento. Logo, se dirigem ao outro pátio, enquanto as crianças ficam em polvoroso:
Chaves: Vocês viram? Quem será que era?
Kiko: Vai ver estavam tirando as medidas das paredes prá fazerem roupas para as casas  :B
Chiquinha: Mas o quê você tem de burro, tem de burro... as casas não usam roupas ¬¬
Chaves: Claro que as casas não usam roupas u.u
Chiquinha: Isso mesmo Chaves, diga para este burro o por que.
Chaves: Por que as casas não têm dinheiro prá comprar roupas tão grandissississíssimas!
Chiquinha: Ah, Chaves por isso vem um e te bate...
Chaves: Por quê?
Chiquinha: Porque você nunca entende nada do quê os outros falam!
Chaves: Ah e você entendeu o que o Senhor Barriga e o outro estavam fazendo?
Chiquinha: Mas isso é óbvio, eles estavam...eles estavam... (risadinha disfarçada)
Kiko (gargalhando): Fala tanto da gente e nem você sabe o que está acontecendo...
Nesta mesma hora, voltavam o Senhor Barriga e o outro sujeito.
Senhor Barriga: Ah, eu me esqueci do contrato... irei buscá-lo no carro!
Sujeito engravatado: Sim senhor, eu o espero aqui, quero tirar mais algumas medidas!
Senhor Barriga: Está certo! (indo para fora da vila)
Chaves (se aproximando do sujeito): Senhor...?
Sujeito engravatado: Âhn?
Chaves: É verdade que o senhor Barriga vai comprar roupas para as casas da vila? (Chiquinha e Kiko com cara de pasmados).
Sujeito engravatado (sem entender nada): O quê?
Chaves: É que o senhor está tirando medidas das paredes e das portas...
Sujeito engravatado: Ah não, eu estou tirando as medidas para saber o quanto de dinamite eu vou precisar em cada casa!
Chaves: Dinamite?
Sujeito engravatado: Sim, aquela coisa vermelha que faz “boom”
Chaves (engolindo a seco enquanto os outros ouvem aterrorizados): “Boom”?
Sujeito engravatado: Isso... “boom” é o barulho de uma explosão!
Chaves: Vai explodir a vila?
Sujeito engravatado: Claro, e no lugar vamos construir um shopping! O terreno é grande o suficiente para a construção de um mega shopping Center!
Chaves (com tom de choro): E aonde nós vamos morar?
Sujeito engravatado: Bem, isso aí já não é meu problema... e nem do Senhor Barriga, olha, aí vem ele com o contrato que vai permitir a explosão das casas. (se vai até o Senhor Barriga que assina os papeis. Em seguida apertam as mãos e se vão da vila).
Chaves (tomando fôlego): Pipipipipí... pipipipipipí...
Chiquinha (armando os braços): Uééééé...uééééé...uééééé...uéééé...
Kiko (indo até sua parede): Aiiiiiirrrrrrrrr
Estarrecido com a choradeira, Seu Madruga logo sai de casa para tirar satisfações:
Seu Madruga: Kiko, o quê foi que ouve?
Kiko (sem ar): aaaaiiiiiiiiiiiiiiiirrr...
Seu Madruga (virando-se para Chiquinha): Posso saber o quê está acontecendo?
Chiquinha: É que chegou o Senhor Barriga e (começa a chorar sem falar coisa com coisa)
Seu Madruga (irado): Silêncio :@ você dizia?
Chiquinha: Eu dizia que chegou o Senhor Barriga e aí (e começa a chorar novamente sem dizer coisa com coisa)
Seu Madruga (aos berros): Basta :@ não sabe o que é “basta”?
Chiquinha: A esposa do basto?

Seu Madruga: Agora sim você vai ver (tira seu cinto, deixando suas calças caírem) ái mamãezinha... (tentando levantar as calças) viu o quê você fez? :@
Chiquinha? Eu?
Seu Madruga: Não, eu ¬¬ agora será que dá prá explicar o que está acontecendo?
Kiko: É que o Senhor Barriga vai mandar explodir a vila, aiiiirrrrrrr...
Seu Madruga: Naaaaão O_O
Chiquinha: Sim papi, pois é, pois é, pois é!
Seu Madruga (se aproximando de Kiko): Naaaaaão :B
Kiko: É verdade Seu Madruga!
Seu Madruga (Se aproxima de Chaves): Naaaaão :O
Chaves: É sim...
Seu Madruga: Naaaaão...
Chaves: Ah vai encher o outro ¬¬
Seu Madruga: Não... O quê? :@ (levanta a aba do boné do Chaves e dá-lhe um cascudo)
Chaves: Pipipipipipi...
Seu Madruga (imitando): Pipipipi... só não te dou outra por quê ¬¬
Chega neste instante Dona Florinda, que vê seu filho chorando:
Dona Florinda: O quê foi tesouro? Nem precisa dizer :@ (se aproxima do Seu Madruga)
Seu Madruga: A senhora nem imagina por que ele está chorando!
Dona Florinda: Não faço a menor idéia ¬¬ (e dá-lhe um tapa certeiro)
Seu Madruga: Mas e agora eu posso saber por que me bateu?
Dona Florinda: Por que estava batendo no Kiko, ora ¬¬
Kiko: Não mamãe, dessa vez eu estava chorando por outra coisa!
Dona Florinda: Aí está... (percebe a burrada) que outra coisa?
Chiquinha: É que o Senhor Barriga quer explodir a vila!
Dona Florinda: Naaaaaão :B
Chaves (recuperado): Outra que vai ficar aí que nem bocó ‘—
Dona Florinda (queimando de raiva): Como é que é? :@
Chaves: Nada, nada...
Dona Florinda: Como é que o Senhor Barriga pode explodir a vila sem falar nada pra ninguém, ele... (se distrai com a chegada do Professor Girafales. Se aproxima com o fundo musical do “E o vento levou”)... Professor bocó *-* ah digo, Professor Girafales...
Professor Girafales: Dona Florinda!
Dona Florinda: Que milagre o senhor por aqui?
Professor Girafales: Vim lhe trazer este humilde bocó de flores *-* digo >< este humilde presente!
Dona Florinda: São tão lindos, mas não gostaria de entrar para tomar uma xícara de bocó? Digo... de flores *-* ah, não, não, não... de café!
Professor Girafales: Não será muito bocó? *-* Digo >< não será muito incômodo?
Dona Florinda: De maneira nenhuma, queira entrar!
Professor Girafales: Bocós primeiro...
Seu Madruga (gritando de longe): É com a senhora :B
E os dois entram sem ligar prá nada. Cena em fade out.
Mais tarde, estão todos na casa da Dona Florinda cientes da explosão da vila:
Professor Girafales: Silêncio, silêncio... silêncioooooooooo :@
Chaves: E tudo por que o Professor Lingüiça quer salvar a vila ¬¬
Professor Girafales: Tá, tá, tá, taaaaaaaaaaa, tá :@  que negócio é esse de Professor Lingüiça?
Chaves: Me escapoliu!
Professor Girafales (imitando): Me escapoliu ‘— é esta a educação que eu te ensinei na escola?
Chaves: É
Professor Girafales: Ah bom, o quê? :@
Chaves: Não, não é O_O

Professor Girafales: Bom, dizia eu, que nós temos que conversar com o Senhor Barriga antes de qualquer coisa!
Seu Madruga: Mas segundo as crianças, o tal do engravatado disse que o nosso problema era só nosso e que nem o Senhor Barriga poderia fazer nada!
Professor Girafales: Mas o Senhor Barriga não pode desalojá-los. Onde vocês irão morar?
Dona Florinda (chegando com o café): Isso tudo é culpa deste animal que não paga o aluguel, o Senhor Barriga já está cheio e vem descontar em todo mundo!
Seu Madruga: Ouça um minuto :@
Dona Florinda: Cale essa boca ¬¬ vagabundo _|_
Seu Madruga: Ouça um minuto ¬¬
Dona Florinda: Cale essa boca... não sabe fazer nada para ajudar :x
Seu Madruga: Ouça um minuto :@
Kiko (interrompendo): Cale essa boca ¬¬ (olhando a cara de ódio profundo do Seu Madruga. Ficando sem jeito) Por isso eu digo que é melhor eu me calar ><
Quando Seu Madruga ia beliscar Kiko...
Dona Florinda: Vamos, atreva-se a beliscá-lo ¬¬
Seu Madruga: Eu não ia beliscá-lo, eu ia fazer uma massagem ^^
Chaves: E eu jurando que o senhor era homenzinho O_O
Seu Madruga: O que? :@ (Chaves fica com cara de medo)
Professor Girafales (caminha até o canto da sala e se vira para a câmera): Se quiserem saber, se a vila vai ser destruída, não deixem de ler esta mesma web, neste mesma hora, neste mesmo site. (se afasta da câmera enquanto rolam os créditos finais com a vila no fundo e uma banana de dinamite em cima do barril do Chaves).

A destruição da vila – Parte 2

(Narração do Gastaudi): No último episódio, os moradores da vila descobrem que estão em perigo por que o Senhor Barriga decidiu explodir o lar de seus inquilinos para construir no lugar um shopping Center. Mas está difícil um entendimento entre os amigos de Chaves (cena em que o Seu Madruga leva um tabefe e fim da narração).
Ainda na casa da Dona Florinda, a confusão reinava. A dona da residência brigava com Seu Madruga, enquanto Kiko, Chaves e Chiquinha brigavam entre si.
Professor Girafales: Silêncio, silêncio... silênciooooooooooo :@ (todos se calam) assim não vamos resolver nada! Nós nos reunimos para entrar num acordo sobre o que fazer com a vila.
Dona Florinda: Bem, o lado bom disso tudo é que eu nunca mais vou ver a gentalha na minha frente ¬¬
Kiko (se dirigindo até o Seu Madruga): Gentalha, gentalha, gentalha trrrr ¬¬
Seu Madruga (revoltado): Que é que foi? Que é que foi? Que é que há? :@
Kiko: Foi a minha mamãe quem disse gentalha u.ú
Dona Florinda: Ignore tesouro, não vale a pena!
Professor Girafales: Já ¬¬ é melhor procurarmos o Senhor Barriga e falar com ele, por que o máximo que pode acontecer...
Chaves (interrompendo): É que o Senhor Barriga faça agente de trouxas!
Professor Girafales: Tá, tá, tá, tá, tá, tá, tááááá :@
Seu Madruga (tapando a boca de Chaves): Deixa Professor, ele não vai mais interromper!
Professor Girafales: Eu acho bom mesmo, olhem lá está o Senhor Barriga, vamos!
Todos se dirigem até o velho pançudo:
Professor Girafales: Senhor Barriga, precisamos conversar com urgência!
Chaves: A conversa não era com o Senhor Barriga?
Professor Girafales: Mas é com ele que vamos conversar Chaves...
Chaves: Então por que disse que precisamos conversar com a Fungência? :B
Professor Girafales: Com urgência Chaves ¬¬ olha, não interrompa mais ou eu não respondo por mim :@

Chaves: Ta bom mais não se irrite T_T
Seu Madruga: Olha por que vocês crianças não vão brincar no outro pátio e deixem isso para os adultos?
Dona Florinda: Muito ajuda quem não atrapalha ¬¬
Seu Madruga: Que é que foi? Que é que foi? Que é que há? ¬¬ o que insinua?
Dona Florinda: Que já temos um homem resolvendo o problema, portanto a gentalha está sobrando!
Seu Madruga: Se a senhora acha que eu vou ficar de fora desta conversa ¬¬ (olha ela arregaçar as mangas e fica calminho) saiba que tem toda razão ^^
Professor Girafales: Já? ¬¬
Dona Florinda: Agora sim Professor Girafales, pode falar!
Professor Girafales: Obrigado Dona Florinda (se vira para o Senhor Barriga) Senhor Barriga, estamos muito tristes e aborrecidos com o senhor!
Senhor Barriga: Por que estão aborrecidos? O que eu fiz agora?
Dona Florinda: E ainda pergunta ¬¬
Professor Girafales: Nós soubemos que o senhor quer dinamitar a vila, Senhor Barriga! Por que vai deixar toda esta gente sem um lar?
Senhor Barriga: Dinamitar? Do que estão falando?
Seu Madruga: O que estamos querendo dizer é que o senhor quer barrigar a vila, Senhor explosivo :@
Senhor Barriga: O quê? ¬¬

Seu Madruga: Digo, digo, digo... o senhor quer explodir a vila Senhor Barriga ¬¬
Senhor Barriga: Quem disse isso?
Seu Madruga: Foram as crianças Senhor Barriga, elas disseram que viram um sujeito engravatado tirando medidas das nossas casas para explodir tudo e construir um shopping Center no lugar da vila! E se o senhor explodir a minha casa, eu não lhe pago o aluguel ¬¬
Chaves (rindo): Mas o senhor não paga o aluguel nem com explosão e nem sem ^^
Seu Madruga (segurando-o pelo colarinho): Ora seu :@
Senhor barriga: Olha, a conversa está muito boa, mas eu não tenho tempo prá perder, portanto...
Dona Florinda: Um momento, Senhor Barriga não tem nada bom aqui! Ou o senhor desiste de explodir as nossas casas ou o senhor vai ver quem é a Dona Florinda ¬¬
Senhor Barriga: Pois eu não estou entendo bolhufas e não me interessa saber que é esta velha coróca :@
Dona Florinda (fervendo): Ah é? Ah é? ¬¬
Kiko: Bate nele mamãe, bate ne... (e quando Dona Florinda ia dar um tapa no velho pançudo, este se abaixa e o tapa pega na bochecha de Kiko)
Dona Florinda (boqueaberta): Óuw... tesouro T_T
Kiko: Mamãe ><
Seu Madruga racha o bico de dar risada, até que Dona Florinda vai até ele e acerta-lhe um tapa na cara, deixando-o nervoso.
Dona Florinda por sua vez, se dirige até o Senhor Barriga.
Senhor Barriga ( se sentindo ameaçado): Olha, olha... eu não sei do que vocês estão falando. Eu só vim a vila receber os alugueis e preparar uma surpresa, por isso eu não disse nada antes!
Dona Florinda: A isso o senhor chama de surpresa? Destruir as nossas casas? Bom, a deste velho sem vergonha pode botar a baixo por que ele é um vagabundo que nunca paga o aluguel, mas eu?
Senhor Barriga: escute aqui, Dona Florinda... eu não vou explodir coisa alguma ¬¬ eu vou reformar a vila! O meu companheiro é arquiteto e estava tirando as medidas das paredes para aumentá-las, rebocá-las e pintá-las ¬¬
Professor Girafales: Mesmo é?
Senhor Barriga: Claro, eu quero que o Senhor Madruga morra se eu estiver mentido!
Seu Madruga: Que é que foi? Que é que foi? Que é que há? :@
Dona Florinda (zuando): Sim que morra *-*
Senhor Barriga: Tá, ta bom já basta. Será que agora está tudo esclarecido?
Chaves: Agora só falta falar com o sujeito engravatado, por que foi ele que disse que o senhor ia destruir a vila!
Senhor Barriga: Mas eu já disse que ele é um arquiteto e não um terrorista ¬¬
Kiko (rachando o bico): O Chaves pensou que ele era Iraquiense xD
Professor Girafales: Não Kiko, não é Iraquiense!
Kiko: Iraquiado? Iraquista? Iraquiofobia? Iraquiastéca? T_T (vira prá câmera) eu não sei mais nenhuma 
Professor Girafales: Iraquiano ‘—
Kiko (com cara de tonto: É isso aí ><
Chaves: Quer dizer que a vilha não vai ser explodada?
Professor Girafales: Não se diz explodada, se diz explodida!
Chaves: E eu como disse?
Professor Girafales: Explodada!
Chaves: E como é?
Professor Girafales: Explodida!
Chaves: E eu como disse?
Professor Girafales: Explodada!
Chaves: E como é?
Professor Girafales: Explodida!
Chaves: E eu como disse?
Professor Girafales: Explodada!
Chaves: E como é?
Professor Girafales: Explodida!
Kiko (fuzilando de raiva): Ai cale-se, cale-se, cale-se você me deixa looooooooooucooooo :@
Chaves: Ninguém tem paciência comigo T_T
Kiko: Nãaaaaaaaao :@
Professor Girafales: Mas a culpa é sua, Chaves. Eu tento explicar as coisas de maneira clara, convincente mas você só responde com absurdos ¬¬
Chaves: Não conheço essa Clara, nem esse Vicente e muito menos este surdo ¬¬
Professor Girafales: Eu me rendo T_T eu me rendo! (indo embora. Dona Florinda core atráz).
Passado o transtorno:
Sujeito engravatado (rindo): E vocês acreditaram que eu ia mandar explodir a vila? Há há há há há ... eu só estava brincando com as crianças, não imaginei que iam levar tão a sério!
Todos olham o sujeito com cara de desprezo e começam a regaçar suas mangas. O sujeito dá o maior pinote e todos correm atrás dele. O sujeito então se esconde na casa do Seu Madruga.
Dona Florinda: Deixem comigo (66 (ela adentra a casa, fecha a porta e se ouvem tapas, gritos, pancadaria, enquanto todos assistem ansiosos).
Pouco depois, saem a Dona Florinda limpando suas mãos, enquanto o sujeito sai mancando, utilizando-se de uma vassoura como muleta e com os olhos roxos. Nisso os outros vizinhos pulam nele e começam a linchá-lo. De repente todos saem de perto, por que o pobre animal já estava detonado. Chaves então se aproxima com a fita métrica do rapaz, devolvendo-lhe:
Chaves (estendendo a fita): Tome!
Sujeito engravatado: O que é isso?
Chaves: É para tirar as medidas do seu caixão!
Todos começam a rir, enquanto sobem os créditos e o fundo musical.