Episódio 9 - A assistente social - Parte 1

 
Na entrada da vila, aparece uma mulher misteriosa de óculos, cabelo chanel, trajando roupas sociais com a maior cara de solteirona com uma prancheta e alguns papéis atados (participação especial da atriz e cantora mexicana Thalia). A tal mulher avistava cada canto da vila como se procurasse alguém, quando ela de repente se vira em direção a porta da casa do Seu Madruga que na mesma hora sai, dando de cara com a mulher e os dois se assustam:
 
Seu Madruga: Que é que foi, que é que foi, que é que há? Até parece que viu o diabo!
Assistente social: Pois bem que parece... digo, me perdoe eu só estava verificando uma coisa, ou melhor pocurando alguém.
Seu Madruga: Alguém? Se eu puder ajudar é só dizer, eu sou o Madruga, e a senhora?
Assistente social: Não, eu não.
Seu Madruga: Como disse?
Assistente social: Digo, eu sou assistente social. Eu vim até esta vila por que eu fui informada que aqui vive um menino órfão, sem teto, sem responsáveis e sem condições educacionais e financeiras. E se isso realmente for verdade, terei que levá-lo para o juizado de menores para que ele receba o tratamento adequado e que sua guarda seja dada a pais adotivos que cuidem dele como deve ser!
Seu Madruga (pasmo e gaguejando): Não... não, a senhora está enganada, aqui não tem nenhum órfão, digo... aqui nesta vila está tudo em ordem e harmonia e...
De repente, sai Dona Florinda de sua casa fula da vida e desfere um tapa em Seu Madruga:
Dona Florinda: E da próxima vez, vá beliscar a sua avó ¬¬ (volta para dentro de casa).
Assistente social: É... quanta harmonia. Por aqui é sempre assim?
Seu Madruga: Não, as vezes ela até me xinga. Hoje ela estava de bom humor.
Assistente social: Entendo. De qualquer forma eu volto outro dia para verificar mais a fundo se realmente não tem nenhum menino órfão vivendo por aqui, hum? Até breve, senhor!
 
A assistente social se vai deixando a vila silenciosa e sóbria. 
Horas depois, estavam reunidos na casa da Dona Florinda além dela e Seu Madruga, Kiko, Chaves e Chiquinha discutindo sem chegar a lugar nenhum:
 
Dona Florinda: Silêncio (converseiro continua), silêncio (o connverseiro persiste e Dona Florinda aumenta a voz):Siiiiiiilêncio!
Chaves (continuando o papo sozinho): E tudo por que o seu pai é um bocó ¬¬
Seu Madruga (ofendido): Áh, é assim? (prepara a mão do cascudo) prá você aprender.. (e soca a cuca do Chaves que se põe a chorar e Seu Madruga a imitá-lo) Pipipipi... só não te dou outra por que...
Dona Florinda: Um minuto, nós temos coisas mais importantes a resolver!
Chaves: Sim, minha comida!
Chiquinha: Ai Chaves, lá vem você pensando em comida.
Chaves: Eu só vim aqui por que me disseram que iam dar de comer.
Chiquinha: Tá, Chaves, depois alguém te dá algo de comer.
Chaves: Claro, vocês não ligam por comem 3 vezes ao dia.
Chiquinha: Não Chaves, acontece que..
Chaves (interrompendo): E eu não comi nem o pão com manteiga ainda...
Chiquinha: Tá, Chaves, mas...
Chaves: E não vai cair a mão se me der alguma coisinha prá comer, ora.
Chiquinha: Eu sei, Chaves, mas...
Chaves: E além disso, eu...
Kiko (bufando de ódio): Aaaai cla-se, cale-se, cale-se, você me deixa loooooucooooo! (pega umas bolachas água e sal que sobraram do pacote e entrega) Tomaaaaa e para de ficar interrompendooooooooo!
Dona Florinda: Kiko...
Kiko (ainda berrando): Que é? :@ (percebe a burrada e se acalma) digo, pode dizer mamãezinha ^^'
Dona Florinda: Obrigada tesouro, eu dizia que eu não vejo motivos prá não deixar que a tal moça leve o Chaves prá viver num orfanato até que seja adotado por alguém que dê uma vida melhor prá ele.
Seu Madruga: A senhora não entende, e se a tal mulher for uma sequestradora, ou pior e se ela pertence ao mercado órgão de doação ilegal de negros.. digo >< ao mercado negro de doação ilegal de órgãos, ou pior, pode ser uma aliciadora de menores que quer transformar crianças em prostitutas, ou pior ainda, ela pode ser uma caça talentos querendo transformá-lo em astro mirim de sitcom norte americano. Eu me nego a deixar o Chaves ir com uma estranha.
Dona Florinda: Vendo por esse lado, o senhor pode ter razão, mas o que podemos fazer? prá despistar a assistente social teriamos que convencê-la que o Chaves tem pais, um teto e estrutura.
Seu Madruga (berrando): É issooooo! É só a gente fingir que somos casados e que o Chaves é nosso filho, então a solteirona, digo... a suposta assistente social vai acreditar e vai embora!
Dona Florinda: Eeeeeu? e o senhor casados? Prefiro casar com o Marquito e ainda exijo pensão ¬¬
Seu Madruga: A senhora não entende, é só prá fingir, quando a mulher voltar a vila, nós fingimos e acabou!
Dona Florinda: De acordo, mas não vai ficar animadinho não, por que você vai dormir no sofá ¬¬
Seu Madruga: Olha, olha, mal começamos e a senhora já está me mandando pastar?
Dona Florinda: E dê-se por satisfeito, por que não faz nem cinco minutos que estamos casados e eu já quero o divórcio!
Seu Madruga: Certo, certo, dividimos tudo meio a meio, metade do seu boteco é meu!
Dona Florinda (ofendida): Restaurante! E se quer ser meu marido de mentira, vá arrumar um emprego, vagabundo ¬¬
Seu Madruga: E a senhora vá plantar batatas ¬¬
Dona Florinda: Ah é? Ah é? :@ (se preparando para bater no Madruguinha)
Seu Madruga (amedroontado imitando o Chaves) Foi sem querer querendo, escapuliu (e leva um tapa fazendo-o rodar)
Dona Florinda: Já ví que vai ser mais difícil do que eu pensei ser esposa de mentira da gentalha.... mas vamos ver no que vai dar.
 
Salva de palmas e cena em fade out, cortando pro pátio da vila dias depois. As crianças brincavam de bola, quando a mesma assistente social chega como prometido e sem querer é recebida com uma bolada, deixando-a cambaleante e com o óculos todo torto na cara.
 
Assistente social: Mas isso é jeito de se receber as pessoas?
Chaves: Foi sem querer querendo...
Assistente social: Sem querer, ora... tudo bem esqueçam crianças, eu preciso perguntar uma coisa prá vocês, vocês moram aqui nesta vila certo? Saberiam me dizer se aqui vive um menino órfão e sem lar?
Chaves: Sim.
Kiko (agarrando-o pelo pescoço e tapando sua boca): Não, não senhora, aqui não tem nenhum menino órfão hihihi.
Assistente social: Me parece que o seu amiguinho não concorda com você.
Kiko: Ah... não liga não, moça é que ele é meio burrinho e as vezes se confunde, sabe?
Assistente social: Entendo; então vocês não sabem mesmo. Vocês saberiam me dizer onde eu posso encontrar um senhor magro, de bigode, camisa preta e um chapel azul com uma tatuagem no braço, com quem eu conversei outro dia?
Kiko: Ah, é o Seu Madruga, o pai da Chiquinha.
Chiquinha (pegando-o pela gola sussurra): E seu também, burro... lembra?
Kiko (rindo feito bobo): Ah é e meu também.
Chaves: O Seu Madruga e a Dona Florinda são casados?
Kiko (volta a agarrá-lo e a tapar sua boca): Claro que sim Chaves, já esqueceu, seu burrinho?
Chaves (fazendo que não com a cabeça): Sim.
Kiko (enfezado): Me dá só um minutinho, moça?
 
Kiko puxa Chaves um pouco para longe e lhe dá um murro na boca.
 
Chaves (com os olhos esbugalhados) Porque fez isso, tonto?
Kiko: Por que você é muito burro, já se esqueceu do plano prá dona solteirona não te levar?
Chaves: Que plano?
Kiko: Aquele plano que o papai da Chiquinha e a minha mamãe iam se passar por casados prá convencer aquela senhora de que você tem uma família prá ela não te levar da vila.
Chaves: Aaaahhh...
Kiko: Agora você se lembra, né?
Chaves (faz que sim com a cabeça): Não.
Kiko: Chaves, eu estou há duas horas tentando explicar da forma mais educada do plano que o Seu Madruga pensou (vai aumentando o tom de voz) prá que a solteirona não leve você embora prá sempre daqui da vilaaaaaaaaaa! (aos berros).
Chaves: Tabom mas não se irrite T_T
Kiko (imitando): Nhe nhe nhe nhem, então vê se não faz mais burradas prá que a moça se convença e vá embora logo ¬¬
Chaves: Tabom :@
 
Os dois caminham sorrindo desfarçadamente até a assistente social.
 
Assistente social: Já está tudo bem crianças, a sua irmãzinha já me explicou que o tal Senhor Madruga é casado com uma dona Florinda e que vocês três são filhos deles. Será que eu posso falar com eles?
Chiquinha: Claro que sim eu moro alí no 72.
Kiko: É no 14, Chiquinha (pisca prá ela).
Chiquinha (sacando a idéia): Aaaaaah, sim, sim é verdade.
Assistente social: Entendí, então eu vou falar com eles.
 
A assistente social caminha até a porta do 14 e começa a bater na porta. Destraída olhpara trás e volta a bater sem perceber que dona Florinda já havia saido começa a bater em sua cara por engano:
 
Dona Florinda (irada): Ora, sua idiota, não está me vendo não?
Assistente social: Ah, me perdoe, eu me destraí com as crianças.
Dona Florinda: E o que a senhora quer? ¬¬
Assistente social: É que eu sou assistente social, eu falei com seu marido outro dia e disse que voltaria, será que eu posso entrar?
Dona Florinda: Ah, é a senhora... pode entrar sim.
 
As duas entram enquanto as crianças observam apreensivas.
 
Chiquinha: E agora o que vai acontecer?
Kiko: Pois eu não sei. Mas vamos torcer prá que a dona solteirona vá embora logo e não volte mais.
Chiquinha: Sim, para que não leve o Chaves da vila.
Kiko: Mas e se ela levar?
Chiquinha (olha Kiko apreensiva): Então nós não vamos ver o Chaves nunca, nunquinha mais.
 
Kiko ouve tudo reagindo negativamente se pondo a chorar em sua parede. Logo depois, Chiquinha arma os braços e começa a chorar, seguida de Chaves que também chora.
De dentro da casa de Dona Florinda, vista pela janela, a assistente social quebra a quarta parede falando diretamente conosco:
 
Assistente social: E se querem saber como continua toda essa triste história, não deixem de ver nesse mesmo horário e nessa mesma fanfic. (Fecha a janela se colocando para dentro de casa).
 
 
Rolam os créditos enquanto as crianças continuam chorando inconsoláveis.
 

Episódio 9 - A assistente social - Parte 2

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